sexta-feira, 14 de junho de 2013

Programa Próximo Futuro vai trazer a Lisboa artes e literatura do Sul de África.


Em 2013, o Programa Gulbenkian Próximo Futuro dedica o seu festival de verão ao sul de África. Pensamento e literatura, arte pública, exposições de fotografia, música, cinema, teatro e dança, a partir de 21 de junho.
 Duas décadas após o fim do Apartheid na África do Sul, o Programa Gulbenkian Próximo Futuro faz um ponto da situação e dedica o essencial da sua programação de verão às ideias e à criação artística contemporânea dos países do sul de África. Pensamento e literatura, arte pública, exposições de fotografia, música, cinema, teatro e dança, a partir de 21 de junho, na Fundação Gulbenkian, mas também no São Luiz Teatro Municipal e no Teatro do Bairro, parceiros nesta programação.
 O fim do Apartheid foi um acontecimento que teve repercussões por toda a África e, muito em particular, na região da África Austral. Cerca de duas décadas depois, qual é o panorama nestes países? Que melhorias houve? Que dinâmicas existem? Que frustrações se acumulam? Que perspetivas há para o próximo futuro?
 Instalações no Jardim, debates e exposições de fotografia
A programação arranca no dia 21 de junho, com a inauguração de várias instalações espalhadas pelo jardim. É também no jardim que às 19h tem lugar a primeira sessão da Festa da Literatura e do Pensamento do Sul de África, que decorre ao longo deste fim-de-semana (21 a 23 junho) e onde serão debatidos vários temas dos quais o primeiro é “O Estado das Artes”. No dia 21 de junho, pelas 22h, haverá ainda a inauguração de duas exposições no Edifício Sede da Fundação Gulbenkian: a 9ª Edição dos Encontros de Fotografia de Bamako e Present Tense – Fotografia do sul da África. As exposições ficarão patentes até dia 1 de setembro.
 Ciclo de cinema e concertos no Anfiteatro ao ar livre
Na abertura da ‘Cinemateca Próximo Futuro’ será apresentado em estreia mundial “Cadjigue”, a mais recente obra de ficção do realizador guineense Sana Na N’Hada, e na sessão seguinte Filipa César (Portugal) apresenta a sua trilogia evocativa de Amílcar Cabral e do cinema guineense, um trabalho composto por três ensaios cinematográficos de curta duração: “Conakry”, “Cacheu” e “Cuba”. Na mesma sessão, é apresentado em estreia no nosso país o documentário “Sem Flash. Homenagem a Ricardo Rangel (1924-2009)”. Nas sessões seguintes será projetado um conjunto de filmes de ficção, de não ficção e filmes experimentais, que abordam questões como sexualidade, identidade, tradição, transformação e cultura dos jovens.
 Dois concertos completam a programação do Próximo Futuro no Anfiteatro ao ar livre: os Jagwa Music, um coletivo da Tanzânia que desde o ano passado tem vindo a eletrizar o público dos grandes festivais de verão europeus, e Konkoma, um projeto com músicos do Gana e do Reino Unido que mistura afro-funk, jazz, soul e ritmos tradicionais africanos.
 Espetáculos de dança e teatro no São Luiz e no Teatro do Bairro

No São Luiz Teatro Municipal mostram-se trabalhos dos coreógrafos moçambicanos Panaíbra Gabriel Canda e Horácio Macuácua, mas também teatro do Brasil, com a adaptação ao palco do livro de Clarice Lispector “Outra Hora da Estrela”. A 7 de julho, estreia ainda no São Luiz “África Fantasma II”, do encenador português João Samões, com Joana Bárcia e Miguel Borges como intérpretes. O teatro chileno, que habitualmente marca presença no Próximo Futuro, estará representado pelo encenador Cristián Plana, que apresenta a peça Velório Chileno no Teatro do Bairro.

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