terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Criada primeira capa de livro numa impressora 3D.


A mais recente obra de Chang-Rae Lee, On Such a Full Sea, deixou de lado a ideia tradicional de livro para entrar na era tridimensional, com uma edição especial limitada onde as caixas dos livros são em relevo e produzidas com impressoras 3D.
De acordo com a revista Time, a versão limitada do livro - com 200 exemplares -, estará disponível hoje, dia 7 de janeiro. ARiverhead Books, a editora, denomina-a já como "a primeira capa removível de sempre impressa em 3D".
A capa resulta de uma colaboração da editora com os peritos em impressão tridimensional da Makerbot que produziram com impressoras 3D uma caixa branca com as letras do título da obra salientes, onde o livro encaixa quando arrumado. À mesma fonte, a diretora de arte da Riverhead Books, Helen Yentus, afirmou que nem pensou ser capaz de o fazer, devido à tecnologia ser tão recente e inovadora. Mesmo assim, o objetivo principal parece ter sido cumprido: o resultado foi algo diferente de tudo o já visto no mundo da publicação.
Cada uma destas caixas levou 15 horas a ser fabricada, sendo que alguns protótipos chegaram às 30 horas. Helen Yentus édesigner de capas há mais de 10 anos e para esta capa particular teve de se familiarizar com o tipo de impressão e a tecnologia a si aliada. O esforço não se devia apenas à criação de uma capa irreverente, mas também à necessidade de esta combinar com o conteúdo futurista do livro de Lee, autor nascido na Coreia do Sul mas naturalizado norte-americano.
Reconhecendo as dificuldades que a literatura impressa atravessa, o autor Chang-Rae Lee afirmou em comunicado que esta caixa"reintroduz a ideia de livro como um objeto de arte".

Já Helen Yentus acreditava que os livros em versão física estarão perto do fim, pois os preços são forçosamente mais, e mais, baixos. Estas edições especiais são para ela uma possível salvação. "Com estas edições especiais, não posso garantir a 100%, mas acho que estamos a criar um objeto físico que as pessoas gostariam de manter e ter, provavelmente, como resposta ao crescimento do e-book", afirma. (Diário de Notícias)

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