"Cultura não é luxo", "Os mirós são nossos", "A cultura é de todos, a arte é para todos" - estas foram algumas das palavras de ordem nos cartazes usados pelos cerca de 50 artistas e agentes culturais que ocuparam o Museu de Arte Contemporânea, em Lisboa, na última noite.
A
ocupação "artivista" foi incentivada por Rui Mourão que ontem
inaugurou no museu a instalação multimédia Os Nossos Sonhos Não Cabem Nas
Vossas Urnas e, durante a sessão, apelou aos convidados a participar numa
ocupação pacifista da instituição.
O
artista desafiou as pessoas para um ato que era ao mesmo tempo artístico e
político. "Estamos aqui em ocupação 'artivista' do Museu Nacional de Arte
Contemporânea. Estamos a ocupar o museu em defesa do museu e não contra o
museu", disse o artista, na abertura da exposição, que procura demonstrar
que o protesto político também é arte. A ação de protesto foi feita "em
defesa do direito à Cultura", explicou à Lusa, Rui Mourão.
Alumas
pessoas já vinham preparadas e munidas de sacos-cama, como num acampamento. Os
ativistas realizaram uma assembleia que votou pela continuação da sua presença
nas instalações do museu para além do horário de funcionamento. A manifestação
terminou, mas algumas pessoas permanceram no museu durante a noite.
A
organização divulgou este vídeo da ação:
(Diário de Notícias)
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