Este artigo aparece em consequência duma conversa de almoço entre os meus amigos. Ao nos relembrarmos do que existia nas casas de banho dos nossos pais, demos conta que alguns dos produtos eram da Ach Brito. Sendo que, mesmo nós, ainda os temos nas nossas casas. Aqui fica um pouco da história dessa marca.
Fundada em 1918, a história da Ach Brito remonta a 1887, ano em que foi fundada no Porto a primeira fábrica nacional de sabonetes, a então Claus & Schweder.
Numa época em que os sabonetes e os perfumes estavam apenas ao alcance das classes sociais mais abastadas e arredios do quotidiano da sociedade portuguesa, Ferdinand Claus e Georges Ph. Schweder – dois alemães radicados em Portugal – dão mostras de um corajoso empreendedorismo e fundam, no Porto, a primeira fábrica nacional de sabonetes e perfumes, baptizada de Claus & Schweder.
Com um arrojo conservador, os produtos são comercializados sob a marca “FPC - Fábrica de Productos Chimicos Claus & Schweder, Sucrs”, o que lhes permitiu, por um lado, estimular o mito de que os artigos eram de origem estrangeira e, por outro, respeitar os gostos e expectativas que caracterizavam a mais elevada estirpe social, habituada a consumir produtos de higiene importados.
Com rótulos sugestivamente estrangeiros, mas genuinamente nacionais, surgem então no mercado várias linhas de produtos que paulatinamente se foram integrando pela qualidade nos hábitos dos portugueses, ganhando grande popularidade ao ponto da empresa ter sido honrada com a visita do REI de Portugal, D. Manuel II.
A Claus & Schweder, fundada por dois alemães radicados em Portugal, acabou por fechar em 1914. Quatro anos mais tarde, em 1918, o antigo contabilista desta empresa, o português Achilles de Brito, juntamente com o irmão Affonso, decidem criar uma nova empresa no mesmo ramo de actividade, a Ach Brito. Em 1925, a Ach Brito adquire em leilão todo o património e acervo da Claus & Schweder e assim se dá início à marca Claus Porto que, juntamente com novas marcas (Lavanda, Patti, Musgo Real...), criam o riquíssimo e genuíno portfolio desta empresa única.
Com um arrojo conservador, os produtos são comercializados sob a marca “FPC - Fábrica de Productos Chimicos Claus & Schweder, Sucrs”, o que lhes permitiu, por um lado, estimular o mito de que os artigos eram de origem estrangeira e, por outro, respeitar os gostos e expectativas que caracterizavam a mais elevada estirpe social, habituada a consumir produtos de higiene importados.
Com rótulos sugestivamente estrangeiros, mas genuinamente nacionais, surgem então no mercado várias linhas de produtos que paulatinamente se foram integrando pela qualidade nos hábitos dos portugueses, ganhando grande popularidade ao ponto da empresa ter sido honrada com a visita do REI de Portugal, D. Manuel II.
A Claus & Schweder, fundada por dois alemães radicados em Portugal, acabou por fechar em 1914. Quatro anos mais tarde, em 1918, o antigo contabilista desta empresa, o português Achilles de Brito, juntamente com o irmão Affonso, decidem criar uma nova empresa no mesmo ramo de actividade, a Ach Brito. Em 1925, a Ach Brito adquire em leilão todo o património e acervo da Claus & Schweder e assim se dá início à marca Claus Porto que, juntamente com novas marcas (Lavanda, Patti, Musgo Real...), criam o riquíssimo e genuíno portfolio desta empresa única.
1934 - O espólio dourado de prémios
Após ter sido galardoada com medalhas de ouro em eventos internacionais realizados na Europa e Estados Unidos, o reconhecimento da Ach Brito garante-lhe presença na I Exposição Colonial Portuguesa, em 1934, o primeiro grande evento de dimensão nacional que se propunha mostrar Portugal como uma nação colonial imperial, una e indivisível.
Após ter sido galardoada com medalhas de ouro em eventos internacionais realizados na Europa e Estados Unidos, o reconhecimento da Ach Brito garante-lhe presença na I Exposição Colonial Portuguesa, em 1934, o primeiro grande evento de dimensão nacional que se propunha mostrar Portugal como uma nação colonial imperial, una e indivisível.
No portfólio de prémios da Claus & Schweder até então, faziam já parte a Medalha de Ouro recebida na Exposição Industrial, realizada no Porto, em 1897, a Gold Medal atribuída na Universal Exposition Saint Louis (EUA), em 1899, a Medalha de Ouro conquistada na Exposição Internacional de Higiene, Ofícios Y Manufacturas de Madrid, em 1907, e a Medalha de Ouro outorgada pela Sociedade de Geographia de Lisboa, em 1915. Onze anos mais tarde, a Ach Brito recebe o Diploma de Grand Prix, na Exposição Industrial Portugueza, no Porto, e três anos depois junta ao pódio dourado de prémios a Medalha de Prata, resultante da participação, no Estoril, na Feira de Amostras da Industria Nacional, da Associação Industrial Portugueza.
1953 – Rótulos pintados à mão como estratégia de diferenciação
É com uma visão integrada do negócio e numa clara estratégia de diferenciação que, em 1953, a Ach Brito cria nas suas próprias instalações uma litografia, passando a assumir o controlo de todo o processo, desde o fabrico, à rotulagem e ao próprio acondicionamento dos produtos. E se este facto não fosse suficientemente inovador, os mentores da Ach Brito incutiram-lhe ainda um argumento personalizado e individual ao implementar rótulos pintados à mão, que conferiam aos produtos um carácter altamente distintivo e apelativo no mercado da perfumaria.
1994 – A paixão que resultou em casamento
O surgimento da distribuição moderna, nos anos 80, conduziu ao estrangulamento da Ach Brito. Em 1994 os bisnetos de Achilles de Brito, os irmãos Aquiles e Sónia Brito, passam a liderar a empresa e encetam um novo e auspicioso ciclo. A 4ª geração da família principia uma reestruturação da empresa ao nível dos recursos humanos e da produção e aposta no reposicionamento do portfólio de produtos.
A parceria com a empresa americana Lafco NY é o ponto de viragem que sentencia um novo fôlego na vida da Ach Brito. Este “casamento”, que surgiu da paixão irremediável de Jonathan Bresler, proprietário da importadora americana, pelas características únicas dos produtos da Ach Brito reposiciona a marca Claus Porto, que invade o mercado de luxo dos Estados Unidos da América, Canadá e Inglaterra com o design antigo e único dos rótulos de inspiração vintage e conquista os gostos pela qualidade excepcional dos seus produtos.
Atendendo às elevadas expectativas e exigências do mercado internacional de luxo, a Claus Porto lança em 1995 as suas primeiras linhas de produtos exclusivos, que granjeam desde logo uma excepcional aceitação.
O surgimento da distribuição moderna, nos anos 80, conduziu ao estrangulamento da Ach Brito. Em 1994 os bisnetos de Achilles de Brito, os irmãos Aquiles e Sónia Brito, passam a liderar a empresa e encetam um novo e auspicioso ciclo. A 4ª geração da família principia uma reestruturação da empresa ao nível dos recursos humanos e da produção e aposta no reposicionamento do portfólio de produtos.
A parceria com a empresa americana Lafco NY é o ponto de viragem que sentencia um novo fôlego na vida da Ach Brito. Este “casamento”, que surgiu da paixão irremediável de Jonathan Bresler, proprietário da importadora americana, pelas características únicas dos produtos da Ach Brito reposiciona a marca Claus Porto, que invade o mercado de luxo dos Estados Unidos da América, Canadá e Inglaterra com o design antigo e único dos rótulos de inspiração vintage e conquista os gostos pela qualidade excepcional dos seus produtos.
Atendendo às elevadas expectativas e exigências do mercado internacional de luxo, a Claus Porto lança em 1995 as suas primeiras linhas de produtos exclusivos, que granjeam desde logo uma excepcional aceitação.
2002 – Hastear a bandeira dos valores “Claus Porto” em novos mercados
O início do milénio traz uma nova forma de estar e de olhar os mercados internacionais. Atenta aos novos desígnios, a empresa aposta numa corajosa estratégia de internacionalização da Claus Porto, partindo à conquista de novos mercados com um conceito único de marca exclusiva.
O novo posicionamento dita a selecção cirúrgica das melhores lojas de decoração e de design do mundo, colocando a oferta da Claus Porto num invejável patamar de luxo. A autenticidade, a exclusividade, o luxo e a tradição passam a ser sinónimos da Claus Porto, que hasteia no roteiro das principais feiras internacionais a bandeira da qualidade e da distinção.
A participação nos certames internacionais marca também a estratégia de marketing da empresa, que, com inovação e afirmação requintada, procura novos clientes em novos mercados espalhando pelos quatro cantos do mundo a sedução dos melhores produtos, que ostentam o selo do “savoir faire” da marca.
O início do milénio traz uma nova forma de estar e de olhar os mercados internacionais. Atenta aos novos desígnios, a empresa aposta numa corajosa estratégia de internacionalização da Claus Porto, partindo à conquista de novos mercados com um conceito único de marca exclusiva.
O novo posicionamento dita a selecção cirúrgica das melhores lojas de decoração e de design do mundo, colocando a oferta da Claus Porto num invejável patamar de luxo. A autenticidade, a exclusividade, o luxo e a tradição passam a ser sinónimos da Claus Porto, que hasteia no roteiro das principais feiras internacionais a bandeira da qualidade e da distinção.
A participação nos certames internacionais marca também a estratégia de marketing da empresa, que, com inovação e afirmação requintada, procura novos clientes em novos mercados espalhando pelos quatro cantos do mundo a sedução dos melhores produtos, que ostentam o selo do “savoir faire” da marca.
2008 – Ganhar dimensão para os desafios do futuro
Para começar 2009 com um novo fôlego e fazer face a novos desafios, a Ach Brito adquire a 31 de Dezembro de 2008 a empresa Saboaria e Perfumaria Confiança SA, sua rival há mais de 100 anos no mercado nacional. As duas mais antigas fábricas de sabonetes da Península Ibérica fundem-se e a Ach Brito ganha assim uma maior dimensão e diversifica os produtos e os mercados.
Retirado do facebook da Ach Brito
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