Um cartaz do filme Metrópolis (1927) de Fritz Lang foi adquirido,
juntamente com outros cartazes, por quase 920 mil euros por Ralph DeLuca, um
coleccionador de objectos ligados ao cinema, num leilão sexta-feira em Los
Angeles.
O
cartaz de Metrópolis era a jóia da coroa do
conjunto, que incluía também um de King
Kong, outro de O Homem
Invisível (ambos
clássicos de 1933), um de Arsénico
e Rendas Velhas (1944), de
Frank Capra, e a pintura original de Elvis Presley que serviu de base para o
poster do filme Jailhouse
Rock, de 1957.
DeLuca,
proprietário de uma empresa de artigos de cinema que adquiriu os cartazes
disse estar convencido de que “o poster deMetrópolis tem mais valor do que o lote
completo”. E acrescentou que embora não tenha planos para já, acredita que o
cartaz deMetrópolis vai
valorizar-se para o dobro do valor que pagou por ele.
Esta é
uma de apenas quatro cópias que, tanto quanto se sabe, são as únicas
sobreviventes dos cartazes originais do filme futurista de Lang, ilustrado pelo
alemão Heinz Schulz-Neudamm. Outra das cópias faz parte da colecção do Museu de
Arte Moderna de Nova Iorque, o que, sublinhou DeLuca, citado pela Reuters, lhe
confere o estatuto de obra de arte. Outra cópia está na Biblioteca Nacional da
Áustria, e julga-se que a quarta pertence ao actor Leonardo DiCaprio. “É O Grito [quadro de Munch], a Guernica [de Picasso] dos cartazes de
cinema”, afirma DeLuca. “É literalmente a Mona
Lisa”.
O
cartaz já tinha atingido um valor recorde ao ser comprado em 2005 pelo
coleccionador californiano Kenneth Schacter, que pagou então por ele 524 mil
euros. Mas Schacter entrou em falência e acabou por se ver obrigado a leiloar a
sua colecção de cartazes de cinema.
Num
outro leilão, também realizado na sexta-feira, mas em Nova Iorque, o famoso
piano do filme Casablanca (1940) foi vendido por 455 mil
euros. Não foi revelada a identidade do comprador que adquiriu o piano no
leilão da Sotheby’s, mas sabe-se que o anterior proprietário era um
coleccionador japonês. É nesse piano que Sam, o pianista, interpretado por
Dooley Wilson, toca a canção icónica do filme, As Time Goes By.
Retirado de Jornal “Público” – 16.Dez.2012
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