O
cinema King, que integra duas salas – chegou a ter três em funcionamento - para
exibição sobretudo de cinema de autor, é gerido desde 1990 pela exibidora
Medeia Filmes, de Paulo Branco
O
cinema King, em Lisboa, deverá encerrar no domingo e os sete trabalhadores
serão colocados noutras duas salas de cinema da mesma exibidora, disse à agência
Lusa fonte sindical.
Contactado
pela agência Lusa, o exibidor Paulo Branco remeteu esclarecimentos para
segunda-feira, numa conferência de imprensa nas instalações do cinema
King.
No
início de novembro, Paulo Branco tinha explicado à Lusa que a decisão de
encerramento do cinema estava em cima da mesa, por causa de uma proposta de
atualização do valor da renda por parte do proprietário do espaço, mas que os
postos de trabalho estavam garantidos.
Fonte
do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual
(SINTTAV) disse hoje que os trabalhadores foram informados que o cinema
irá fecharno domingo e que serão recolocados nos cinemas Fonte Nova e
Nimas, ambos em Lisboa.
O
cinema King, que integra duas salas – chegou a ter três em funcionamento - para
exibição sobretudo de cinema de autor, é gerido desde 1990 pela exibidora
Medeia Filmes, de Paulo Branco.
A
Medeia Filmes detém ainda o cinema Monumental, Nimas e Fonte Nova, todos em Lisboa,
e tem programação no Cine Estúdio Teatro do Campo Alegre, no Porto, Auditório
Charlot, em Setúbal, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, no
Theatro Circo de Braga e no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra.
De
acordo com dados do Instituto do Cinema e Audiovisual, até outubro a exibidora
Medeia Filmes (incluindo o cinema Fonte Nova) contabilizou 186.367 espetadores.
O
Cinema King abriu no espaço onde antes funcionou o Cinema Vox, inaugurado em
abril de 1969.
Em
2011, Paulo Branco encerrou os cinemas Saldanha Residence, que funcionavam praticamente
frente ao cinema Monumental, deixando nove pessoas sem trabalho.
Este
ano, a rede de exibição de cinema em Portugal sofre uma mudança depois da
exibidora Socorama ter aberto falência, fechando algumas das salas que detinha
(mais de cem) de norte a sul do país, incluindo o cinema Londres, em
Lisboa.
Algumas
dessas salas de cinema, em particular as que estão localizadas em centros
comerciais, têm estado a reabrir gradualmente por iniciativa da exibidora
brasileira Orient. (Jornal I – 21.11.2013)
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