João Nicolau de Melo Breyner
Lopes (* Serpa, 30
de julho de 1940 -
† Lisboa, 14 de Março de 2016)
foi um actor e realizador português.
Filho de Nicolau Moreira Lopes
(1915 - 1965) e de Augusta Pereira da Silva de Melo Breyner Pereira (1920 - 23
de Maio de 2003), trineta do General Francisco
José de Araújo de Lacerda Teixeira de Brito e 5.ª neta com duas
bastardias do 3.º Senhor de Ficalho e
da 1.ª Condessa de Ficalho.
Foi casado primeira vez com
Mafalda Maria de Alpoim Vieira Barbosa (12 de Dezembro de 1947), irmã de Carlos
Barbosa, de quem se divorciou e de quem foi primeiro marido, sem
geração.
Começou namoro com a
atriz Sofia Sá da Bandeira em 1993, tendo sido
casados entre 1996 e 2001, de quem foi segundo marido e de quem se divorciou,
sem geração.
Viveu com Cláudia Fidalgo
Ramos, filha do realizador e encenador Artur
Ramos, mãe das suas duas filhas Mariana e Constança Fidalgo
Ramos de Melo Breyner Lopes.
É casado, desde 24 de Junho de
2006, com Mafalda Gomes de Amorim Bessa, de quem é terceiro marido, sem
geração.
Depois da infância em Serpa,
no seio de uma família de proprietários agrícolas, mudou-se para Lisboa com
os pais Sophie de Mello Breyner Estudou canto e integrou o coro da Juventude Musical Portuguesa,
enquanto estudava no Liceu
Camões. Depois, ingressou na Faculdade de Direito,
com a ambição de se tornar diplomata.
Depressa desistiu de Direito, optando por se diplomar
no Conservatório Nacional, primeiro no curso de Canto e
depois no de Teatro.
A sua estreia como ator dá-se
quando ainda frequentava o Conservatório. Sob a direção de Ribeirinho,
entra na peça Leonor Telles, de Marcelino Mesquita, levada à cena pelo
Teatro Nacional Popular, que ocupava então o Teatro da
Trindade. Seria no entanto pela interpretação de papéis cómicos,
junto de Laura Alves, que se tornaria conhecido do
grande público, revelando-se um dos mais bem sucedidos atores da sua geração.
Em 2005 regressou
ao teatro para interpretar o monólogo Esta Noite Choveu Prata, dePedro
Bloch, produzido por Sérgio de
Azevedo.
Após o 25 de abril de 1974 concebeu
o seu primeiro programa televisivo, Nicolau no País das Maravilhas. Este
programa tinha uma rábula chamada Senhor feliz e senhor contente, onde
Nicolau lançaria um jovem alemão aspirante a humorista, Herman
José. Em princípios da década de 1980 surge
como ator e, simultaneamente, diretor de atores e co-autor do guião da primeira
novela portuguesa, Vila
Faia (1982).
Segue-se a fundação da
NBP Produções, hoje Plural
Entertainment,
a sua própria produtora de televisão, onde será administrador, produtor e
realizador; atividades que fazem dele um verdadeiro precursor da indústria de
ficção televisiva em Portugal.
Sem deixar a representação,
concebeu as sitcoms Eu Show Nico e Euronico; e participou como ator
noutras tantas (Gente Fina é Outra Coisa; Nico
D'Obra; Reformado e Mal Pago; Santos da Casa; Aqui não Há Quem Viva); além de diversas séries (O
Espelho dos Acácios; Verão Quente; Conde D'Abranhos; A
Ferreirinha; João Semana; Quando os Lobos Uivam, Pedro
e Inês, Equador, Morangos com Açúcar, Barcelona, Cidade
Neutral, Família Açoreana) e novelas (Fúria
de Viver, Vingança, Flor
do Mar, Meu Amor, Louco Amor, Jardins
Proibidos, O Beijo do Escorpião).
Ao longo da sua carreira somou
quase 50 participações no cinema, em filmes de cineastas de diversas gerações,
como Augusto Fraga, Perdigão Queiroga, Henrique
Campos, José Ernesto de Souza, Herlander
Peyroteo, Artur
Semedo, Luís Galvão Teles,Fernando
Lopes, Jorge Paixão da Costa, António Pedro Vasconcelos, Roberto Faenza, Joaquim
Leitão, Leonel
Vieira, Mário
Barroso, João
Botelho e Bille August.
Uma das suas participações mais recentes é o filme Comboio Noturno Para Lisboa,
adaptação do livro homónimo de Pascal
Mercier, e que estreou em 2013.
Pelas suas prestações no grande ecrã recebeu três Globos de Ouro para Melhor Ator,
com Kiss Me (2004), O Milagre Segundo Salomé (2004)
e Os Imortais (2003).
Morreu a 14 de Março de 2016
após ataque cardíaco.
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