O
escritor e jornalista colombiano, Gabriel Garcia Marquez, morreu esta
quinta-feira. O Prémio Nobel da Literatura em 1982 tinha 87 anos e sofria
de problemas respiratórios há vários anos. A informação foi avançada por vários
órgãos de informação internacionais e confirmada pela família.
O
autor de "Cem anos de solidão", que os amigos tratavam por
"Gabo", tinha anunciado em 2009 que se retirava, e o livro publicado
no ano seguinte, "Eu não venho dizer um discurso", reuniu apenas
material disperso das suas alocuções em público, as quais iniciava
invariavelmente com a frase "Eu não venho dizer [fazer] um discurso",
informou na altura a editora Mondadori.
Em
2012, o seu irmão Jaime García Marquez dava conta de que lhe tinha sido
diagnosticada uma demência, que perdera a memória e que não voltaria a
escrever.
"Gabo", no verão de 1975, visitou Lisboa, para ver de perto a revolução que se desenrolava, e sobre a qual escreveu três reportagens para a revista "Alternativa", por si fundada.
"Gabo", no verão de 1975, visitou Lisboa, para ver de perto a revolução que se desenrolava, e sobre a qual escreveu três reportagens para a revista "Alternativa", por si fundada.
A
sua bibliografia é de pouco mais de 30 títulos, entre romances, novelas,
crónicas, material jornalístico e uma autobiografia, "Vivir para
contarla" ("Viver para contar"), de 2002, tendo sido também
argumentista com o seu amigo, o escritor mexicano Carlos Fuentes.
"O
amor em tempos de cólera", "Notícia de um sequestro", "O
outono do patriarca", "Ninguém escreve ao coronel" são alguns
dos seus títulos na área de ficção, tendo García Marquez sido distinguido com
vários prémios, entre os quais o Romulo Gallegos, Neustadt de Literatura e o
Nobel.
O
discurso que leu em Estocolmo quando recebeu o Nobel de Literatura, em 1982,
"A solidão da América Latina", tornou-se um texto de referência da
sua obra literária.
Em
2010, quando editou "Yo no vengo a decir un discurso", em comunicado
afirmou: "Lendo estes discursos, redescubro como mudei e fui evoluindo
como escritor".
Natural
de Aracataca, na Colômbia, onde nasceu no dia 6 de Março de 1927, ficou a viver
nesta cidade com os avós, quando os pais se mudaram para Barranquilla.
Ultrapassou um cancro linfático diagnosticado em 1999. (rr.sapo.pt – 17.04.2014)
Sem comentários:
Enviar um comentário