domingo, 28 de setembro de 2014

O “caso” Donna Tartt.


Chamam-lhe a Dickens do século XXI. No final de 2013 publicou O Pintassilgo e dividiu a chamada crítica de referência. Livro infantil para adultos ou sinfonia de prodigiosa imaginação, está traduzido em 20 idiomas e a suscitar um debate sobre o gosto literário.
No princípio não há uma ideia, mas uma imagem, quase sempre um desenho. No caso de Donna Tartt, a escritora natural do Mississippi, onde nasceu em Dezembro de 1963, o romance começa por ser uma montagem de desenhos, frases, recortes de excertos de blocos de notas onde o texto vai crescendo à mão, a caneta azul e vermelha, até ganhar corpo.
É um processo longo. Leva-lhe cerca de uma década a compor cada livro. “Já tentei ser mais rápida, mas não funciona. Não retiro qualquer prazer da escrita e se o escritor não tiver prazer não o pode passar ao leitor”, tem dito Tartt sobre a sua escrita lenta. Em 32 anos de escrita publicou três romances. O último, O Pintassilgo, é um caso. Lançado nos Estados Unidos no Outono de 2013, há cerca de um ano, já vendeu mais de um milhão e meio de cópias e venceu o Pulitzer para ficção em Abril deste ano, dividindo a crítica em língua inglesa: os que o consideram uma sinfonia extasiante, como o escritor Stephen King nas páginas do The New York Times Book Review, e quem, como o crítico James Wood, o tenha referido como um livro infantil para adultos no texto que assinou na The New Yorker. Também já este ano, foi ainda notícia nos principais jornais de língua inglesa por ter “falhado” a longlist do Booker Prize (o vencedor será conhecido no dia 14 de Outubro) e está na génese de mais uma discussão sobre o futuro da literatura: o que é um bom romance e quem define essa qualidade.

A grande comparação é com Charles Dickens. Nas poucas entrevistas que tem dado, a autora fala de Oliver Twist como o primeiro livro que leu de um escritor que apresenta como grande referência pela capacidade de envolver o leitor com uma geografia e uma personagem, dando-lhe a ilusão de uma voz íntima, da partilha de sentimentos como a alegria ou a tristeza. “O livro vive dentro da minha cabeça; ia para a escola a perguntar-me como estaria Oliver”, contou ao The Independent durante a promoção de O Pintassilgo, referindo-se a um tempo em que devorava livros e que foi o seu grande formador. (Jornal Público)


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Alabardas - Pré-publicação - Primeiros parágrafos do último livro .


"O homem chama-se artur paz semedo e trabalha há quase vinte anos nos serviços de faturação de armamento ligeiro e munições de uma histórica fábrica de armamento conhecida pela razão social de produções belona s.a., nome que, convém aclarar, pois já são pouquíssimas as pessoas que se interessam por estes saberes inúteis, era o da deusa romana da guerra. Nada mais apropriado, reconheça-se. Outras fábricas, mastodônticos impérios industriais armamentistas de peso mundial, se chamarão krupp ou thyssen, mas esta produções belona s.a. goza de um prestígio único, esse que lhe advém da antiguidade, baste dizer-se que, na opinião abalizada de alguns peritos na matéria, certos apetrechos militares romanos que encontramos em museus, escudos, couraças, capacetes, pontas de lança e gládios, tiveram a sua origem numa modesta forja do trastevere que, segundo foi voz corrente na época, havia sido estabelecida em Roma pela mesmíssima deusa. Ainda não há muito tempo, um artigo publicado numa revista de arqueologia militar ia ao ponto de defender que alguns recém-descobertos restos de uma funda balear provinham dessa mítica forja, tese que logo seria rebatida por outras autoridades científicas que alegaram que, em tão remotos tempos, a temível arma de arremesso a que se deu o nome de funda balear ou catapulta ainda não havia sido inventada. A quem isso possa interessar, este artur paz semedo não é nem solteiro, nem casado, nem divorciado, nem viúvo, está simplesmente separado da mulher, não porque ele assim o tivesse querido, mas por decisão dela, que, sendo militante pacifista convicta, acabou por não suportar mais tempo ver-se ligada pelos laços da obrigada convivência doméstica e do dever conjugal a um faturador de uma empresa produtora de armas. Questão de coerência, simplesmente, tinha explicado ela então. A mesma coerência que já a tinha levado a mudar de nome, pois, tendo sido batizada como berta, que era o nome da avó materna, passou a chamar-se oficialmente felícia para não ter de carregar toda a vida com a alusão direta ao canhão ferroviário alemão que ficou célebre na primeira guerra mundial por bombardear paris de uma distância de cento e vinte quilómetros." 
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domingo, 21 de setembro de 2014

A vida dos emigrantes portugueses na Argentina deu um livro.

As docas de Buenos Aires em Outubro de 1921 — a emigração portuguesa ajudou na construção do país KEYSTONE VIEW CO/NATIONAL GEOGRAPHIC SOCIETY/CORBIS

Algarvios, muitos, minhotos e serranos cons-truíram, na primeira metade do século XX, uma nova vida num país que estava, também ele, a ser ainda construído. De Buenos Aires à Patagónia. Em Portugal Querido, podemos ler histórias como a de Yudith, que atravessou o oceano sem saber como era o pai que a esperava no outro lado do Atlântico.
víamos em São Brás de Alportel… e o meu pai levava-me a passear todos os dias quando chegava do trabalho. Eu era a filha mais velha de três irmãos e de um ainda por nascer… De um dia para o outro, deixei de ver o meu pai e com quatro anos — e ele apenas com 23 — não podia entender o que tinha acontecido, nem para onde tinha ido. Ao ficarmos sozinhos, fomos viver para o campo, no sítio Dos Machados, com a minha mãe Gertrudes, grávida de oito meses. Ela teve de ir trabalhar, pelo que eu e os meus irmãos ficávamos sozinhos, quase todo o dia. Começaram a chegar as primeiras cartas. O meu pai pedia que o filho, se fosse varão, se chamasse Abel. Os dias passavam e eu só via cartas. Numa delas, ele dizia: ‘Yudith, neste momento, olhando as estrelas, vejo nelas o brilho dos teus olhos’, palavras que me ficaram gravadas na memória, apesar da minha tenra idade.”
Yudith Rosa Viegas recorda, assim, a partida do pai para a Argentina, em 1926. O reencontro só aconteceria “13 longos anos” mais tarde, quando, em vésperas do início da II Guerra Mundial, embarcou com a mãe e os dois irmãos (o bebé mais novo, uma menina que não pôde chamar-se Abel, morreu com apenas oito meses) “num barco inglês” a caminho de Buenos Aires.
O destino desta família algarvia e de muitas outras famílias portuguesas foi recolhido por Mário dos Santos Lopes, jornalista e professor, também ele filho de algarvios que emigraram para a Argentina, e que lançou, naquele país, o livro Portugal Querido. A edição de autor, de cinco mil exemplares, já está a ser revista e ampliada, com novas histórias de uma emigração muito particular.
Mário dos Santos Lopes, 55 anos, recusa arcar sozinho com a responsabilidade do livro. Até porque, explica à Revista 2, quem insistiu para que ele avançasse com o projecto foi o irmão, Victor, que abriu uma pousada portuguesa, a Pousada São Brás, em Córdoba. “Estava de férias em Villa General Belgrano, Córdoba, e, durante uma conversa, o meu irmão Victor disse que gostaria de publicar um livro em homenagem aos imigrantes. Disse-lhe que sim, que o faria, mas na realidade não sabia como nem em quanto tempo. Nessa mesma noite, comecei a procurar contactos de luso-descendentes no Facebook e na Internet, sem saber onde chegaríamos. A ideia original era termos um livro de cem páginas, algo muito pequeno”, explica, através de email, o jornalista que vive em Puerto Deseado, Santa Cruz, na Patagónia argentina.
A tarefa assemelhou-se “às obras de Santa Engrácia”, lê-se na introdução de Portugal Querido, e só ficaria pronta ao fim de cinco anos de busca e escrita, tornando-se uma verdadeira empreitada familiar. Victor foi “o criador e impulsionador da ideia”, Andrea, a irmã mais nova, “traduziu, corrigiu e deu bons conselhos”. Juan Benjamín Lopes, filho de Mário, “desgravou os áudios”. Pablo Molina e Ana Laura Lopes, genro e filha, “puseram o coração e o profissionalismo na artística capa do livro”. O resultado foi uma obra de 254 páginas com muitas histórias de emigrantes, algumas referências históricas da passagem portuguesa pela Argentina, umas curtas histórias e participações de emigrantes lusos noutros países, vários textos sobre os clubes e associações dedicadas à cultura nacional e relatos de cantoras argentinas que se apaixonaram pelo fado. O fio condutor do livro é, contudo, a compilação das memórias das famílias que, deixando Portugal, encontraram um novo lar na Argentina. (Jornal Público)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Caminhadas são "comprimido" contra várias doenças.


Caminhar 30 minutos por dia ajuda a prevenir inúmeras doenças relacionadas com o envelhecimento, desde a diabetes tipo 2, a certos tipos de cancro, passando por doenças do foro psiquiátrico como a depressão, defendeu esta semana um investigador britânico no evento British Science Festival, que decorreu em Birmingham.
 Fazer caminhadas de pelo menos 30 minutos por dia é um exercício simples mas que funciona de forma quase “milagrosa” ajudando a prevenir o envelhecimento precoce e várias doenças, disse no encontro o médico James Brown, da School of Life and Health Sciences da Universidade de Aston (Reino Unido).
Além de prevenir a diabetes tipo 2, certos tipos de cancro e problemas como a ansiedade ou a depressão, James Brown revela que este exercício diário ajuda a reduzir em 40% determinadaslesões, como as fraturas de anca.
Segundo avança a imprensa britânica, o especialista defendeu ainda que as caminhadas diárias podem evitar a progressão da doença de Alzheimer e reforçar as funções cognitivas, além de reduzirem as dores provocadas pela artrite e de diminuirem em 23% o risco de morte.

"Comprimido mágico"

“Estes benefícios não se verificam nas pessoas que praticam exercício intensivo, como correr em maratonas ou fazer levantamento de pesos, verificam-se nas pessoas que caminham todos os dias", afirmou James Brown no encontro de cientistas e investigadores, referindo-se às caminhadas como "um comprimido mágico" mais eficaz do que qualquer medicamento.
O médico salientou os riscos de permanecer sedentário durante um longo período de tempo, sublinhando que isso pode levar a uma perda de massa muscular que nunca poderá ser recuperada. Brown avisa que esta situação, normalmente, reforça a inatividade pelo que deve ser prevenida.
Para ilustrar este caso, Brown apresentou os resultados de um estudo que comparou a recuperação de fraturas na perna em dois grupos: um com participantes jovens e outro grupo com participantes mais idosos.
Durante o tempo que estiveram com a perna imobilizada, os jovens perderam mais massa muscular (já que tinham mais músculo) mas recuperaram essa mesma massa muito mais rapidamente do que o grupo de participantes idosos, que ao fim de oito semanas ainda não tinha voltado à forma original.

 Esta perda de massa, defende o especialista, pode levar as pessoas mais velhas a tornarem-se cada vez mais dependentes, além de poder conduzir a uma condição conhecida como “sarcopenia” que implica uma perda acentuada da força muscular. (Jornal Boas Notícias)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Olhos nos olhos com o Chile de Pinochet.


Escuela, a peça de Guillermo Calderón que chegou esta sexta-feira a Lisboa via Próximo Futuro, é uma história secreta da violência muito latino-americana com que a esquerda chilena acreditou poder matar a ditadura de Pinochet à queima-roupa. Mas também é a história de um teatro disposto a fazer o que a democracia boicotou – justiça, e pelas suas próprias mãos. Por contraponto, e depois de tantas visitas, apetece perguntar ao teatro português: de que é que tu estás à espera?
Guillermo Calderón (Santiago do Chile, 1971) tinha dois anos em Setembro de 1973, quando o golpe liderado (mesmo que de óculos escuros) pelo general Augusto Pinochet mergulhou o Chile numa das muitas longas e aparentemente definitivas noites da segunda metade do século XX latino-americano – uma noite assombrada pelos passos cada vez mais indiscretos dos militares e pelos fantasmas cada vez mais numerosos dos mortos e dos desaparecidos que com o tempo passaram de tragédia a estatística, para citar outro grande teórico e praticante do extermínio em massa, o pai dos povos Josef Estaline.
Dois anos, justifica-se o mais internacional dos novos dramaturgos e encenadores chilenos, é idade mais do que insuficiente para que possa recordar-se do som e da fúria dos dias que se seguiram ao 11 de Setembro de 1973 – mas entretanto os dias passaram e transformaram-se em meses, em anos, em décadas, em vidas. Guillermo Calderón teve duas – uma em ditadura e outra, a mais recente, em democracia. Continua, agora que já passaram mais de 40 anos sobre o golpe que enterrou a experiência de governo popular de Salvador Allende, sem grandes certezas sobre qual delas lhe parece mais habitável, como confessou ao jornal La Segunda dias antes da estreia deEscuela em Janeiro de 2013, no festival Santiago A Mil: “De certa forma a democracia é mais cruel do que foi a ditadura, porque em última instância durante a ditadura pelo menos havia uma ilusão.”
Escuela, que chega a Lisboa esta sexta-feira via Próximo Futuro, o programa de cultura contemporânea da Gulbenkian (até segunda-feira, dia 8, no Teatro do Bairro), à frente de mais um pequeno contingente de teatro chileno, é a história dessa ilusão – à sombra devastadora da desilusão que se seguiu, pelo menos para os que, como as cinco personagens da peça de Calderón, acreditaram poder matar a ditadura de Pinochet à queima-roupa, sujando conscientemente as mãos na violência da guerra psicológica e no sangue da luta armada. Disso sim, Calderón já se recorda: “Na minha família havia pessoas que estavam comprometidas com a luta contra a ditadura militar. Eu estava a acabar o colégio [liceu] e fiz parte da geração dos movimentos estudantis, que no final dos anos 80 estavam extremamente activos. Confrontávamo-nos permanentemente com a violência policial nas manifestações – e ao mesmo tempo, paralelamente, muitos jovens estavam a preparar-se para a guerrilha, na clandestinidade. Mas nesses anos todos os chilenos estavam expostos à violência. Fazia parte do quotidiano: num dia morria uma pessoa, no outro rebentava uma bomba ao fundo da rua”, conta ao Ípsilon por telefone a partir de Santiago do Chile, cidade a que continua a regressar no final das suas agora bastante recorrentes estadias nos Estados Unidos e na Europa.

É como se não conseguisse sair dali – o Chile é o seu passado, e o passado marcou-o “para sempre”. Tornou-se no presente e no futuro de Guillermo Calderón, tanto quanto ele o vê daqui – olhos nos olhos, sem óculos escuros.


As personagens de Escuela nunca mostram a cara, como os militantes da extrema-esquerda do Chile dos anos 80.

Geração perdida
No caso de Escuela, não havia mesmo como escapar a esse passado – para assinalar os 40 anos do golpe de Estado, o festival Santiago a Mil encomendou-lhe uma obra que examinasse a ditadura, e que em certo sentido continuasse o trabalho iniciado mais subliminarmente uns anos antes, em peças como Neva(2007) ou Diciembre (2009), que também vimos por cá, e definitivamente assumido em Villa + Discurso (2011), a sua última visita ao Próximo Futuro. É um trabalho cada vez mais político e cada vez mais radical – a continuação de uma guerra, só que por outros meios. Não suporta a ideia de voltar a ver políticos pinochetistas, políticos “que são a encarnação do mal”, a saírem das suas peças em paz, e a irem beber um copo a seguir, como aconteceu depois de uma representação de Neva, a sua primeira reflexão sobre o papel do teatro em tempos de cólera como os da Guerra do Iraque (ou, no caso, da Revolução Russa). Foi por causa dessa visão infernal – a visão de um teatro absolutamente inútil, por ironia o próprio tema da peça – que decidiu “radicalizar” ainda mais o seu trabalho, contou ao New York Times: “Talvez isso me leve a um beco sem saída, porque haverá um momento em que não poderei ser mais radical. Mas esse episódio obrigou-me a ser mais abertamente político.” (Jornal Público)




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Feira do Livro. O regresso a bom Porto, agora em Setembro.


O evento, que este ano homenageia Vasco Graça Moura, arranca amanhã na Invicta. São mais de cem pavilhões nos Jardins do Palácio de Cristal
A Feira do Livro do Porto começa amanhã, mas há mais de um mês que os pavilhões estão esgotados. Com as editoras a ocupar todos os cantos dos Jardins do Palácio de Cristal, a última actualização dava conta da instalação de 106 stands de editoras, alfarrabistas e livrarias. Pela primeira vez em mais de 80 anos, a organização da Feira do Livro deste ano é da inteira responsabilidade da câmara municipal, pondo um ponto final num dossiê que parecia não ter solução e pôs em risco a organização do certame, acabando por adiar a sua realização para Setembro.
Mas voltemos aos livros, que esses não entram em confusões. Além de um programa que inclui debates, exposições, concertos e ciclos de cinema, as obras a preço de saldo estarão concentradas na Avenida das Tílias, o eixo mais marcante do parque, ladeado pela Biblioteca Municipal Almeida Garrett, onde estão marcados alguns dos eventos. O primeiro acontece logo dia 11 com uma homenagem a Vasco Graça Moura, "uma figura que a cidade [...] jamais poderá esquecer", nas palavras do vereador da Cultura, e a quem vai ser dedicada, "simbolicamente, uma tília", que fará parte do jardim a partir desse dia. O escritor e político vai ser a figura central do evento, em torno do qual se vai realizar a primeira das Quintas de Leitura, uma sessão "com música e um cordão de leitura", durante a qual serão recordados alguns textos de Graça Moura.
Apesar de os livros se manterem a personagem principal da feira, a organização apostou em actividades paralelas que complementam a venda e dão o mote aos temas centrais do evento: "Liberdade" e "Futuro". Assim, as Spoken Words apresentam-se como a novidade deste ano, num cruzamento da palavra com a performance, num ciclo que conta com a presença de músicos como Capicua, Adolfo Luxúria Canibal, Osso Vaidoso ou Chullage.
O cinema não foi esquecido e está previsto um ciclo programado em torno do livro enquanto personagem de filmes, incluindo obras de realizadores como Truffaut, Dreyer, Oliveira ou Vicente Minnelli. Para dia 10 está marcado um ciclo dedicado ao realizador e escritor Pier Paolo Pasolini, acompanhado por uma exposição de fotografia, em torno da qual serão apresentados debates sobre a sua obra.
Para as mesas de debate foram chamados nomes do panorama literário, como Gonçalo M. Tavares, José Pacheco Pereira, Pedro Mexia, Manuel Alegre, Rita Ferro, Francisco José Viegas, Richard Zenith, Helena Vasconcelos, Clara Ferreira Alves, Valter Hugo Mãe, Gonçalo Cadilhe e Mário Cláudio, entre outros.
Algumas das actividades ligadas ao evento não se irão cingir às fronteiras do jardim, estando prevista a deslocalização de exposições e oficinas para a Rua Miguel Bombarda, o quarteirão das galerias de arte do Porto.
A entrada é livre e a feira está acessível de segunda a sexta, dias em que abre às 16h, e ao fim-de-semana, aberta desde o meio-dia. Os pavilhões encerram as portas às 22h, de domingo a quinta-feira, e uma hora mais tarde às sextas-feiras e sábados. A Câmara Municipal do Porto já assegurou a realização da Feira do Livro em 2015, centrada na figura de Agustina Bessa-Luís. O espaço deve manter-se o mesmo, até porque a autarquia admite que a opção pelo Palácio de Cristal não foi alheia à proximidade da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, cujo auditório irá permitir ao pelouro da Cultura "transformar a Feira do Livro num dos grandes festivais literários realizados em Portugal". (Jornal I – 04.09.2014)