Em
2013, o Programa Gulbenkian Próximo Futuro dedica o seu festival de verão ao
sul de África. Pensamento e literatura, arte pública, exposições de fotografia,
música, cinema, teatro e dança, a partir de 21 de junho.
Duas
décadas após o fim do Apartheid na África do Sul, o Programa Gulbenkian Próximo
Futuro faz um ponto da situação e dedica o essencial da sua programação de
verão às ideias e à criação artística contemporânea dos países do sul de
África. Pensamento e literatura, arte pública, exposições de fotografia,
música, cinema, teatro e dança, a partir de 21 de junho, na Fundação
Gulbenkian, mas também no São Luiz Teatro Municipal e no Teatro do Bairro,
parceiros nesta programação.
O
fim do Apartheid foi um acontecimento que teve repercussões por toda a África
e, muito em particular, na região da África Austral. Cerca de duas décadas
depois, qual é o panorama nestes países? Que melhorias houve? Que dinâmicas
existem? Que frustrações se acumulam? Que perspetivas há para o próximo futuro?
Instalações
no Jardim, debates e exposições de fotografia
A
programação arranca no dia 21 de junho, com a inauguração de várias instalações
espalhadas pelo jardim. É também no jardim que às 19h tem lugar a primeira
sessão da Festa da Literatura e do Pensamento do Sul de África, que decorre ao
longo deste fim-de-semana (21 a 23 junho) e onde serão debatidos vários temas
dos quais o primeiro é “O Estado das Artes”. No dia 21 de junho, pelas 22h,
haverá ainda a inauguração de duas exposições no Edifício Sede da Fundação
Gulbenkian: a 9ª Edição dos Encontros de Fotografia de Bamako e Present
Tense – Fotografia do sul da África. As exposições ficarão patentes até
dia 1 de setembro.
Ciclo
de cinema e concertos no Anfiteatro ao ar livre
Na
abertura da ‘Cinemateca Próximo Futuro’ será apresentado em estreia mundial
“Cadjigue”, a mais recente obra de ficção do realizador guineense Sana Na
N’Hada, e na sessão seguinte Filipa César (Portugal) apresenta a sua trilogia
evocativa de Amílcar Cabral e do cinema guineense, um trabalho composto por
três ensaios cinematográficos de curta duração: “Conakry”, “Cacheu” e “Cuba”.
Na mesma sessão, é apresentado em estreia no nosso país o documentário “Sem
Flash. Homenagem a Ricardo Rangel (1924-2009)”. Nas sessões seguintes será
projetado um conjunto de filmes de ficção, de não ficção e filmes
experimentais, que abordam questões como sexualidade, identidade, tradição,
transformação e cultura dos jovens.
Dois
concertos completam a programação do Próximo Futuro no Anfiteatro ao ar livre:
os Jagwa Music, um coletivo da Tanzânia que desde o ano passado tem vindo a
eletrizar o público dos grandes festivais de verão europeus, e Konkoma, um
projeto com músicos do Gana e do Reino Unido que mistura afro-funk, jazz, soul
e ritmos tradicionais africanos.
Espetáculos
de dança e teatro no São Luiz e no Teatro do Bairro
No
São Luiz Teatro Municipal mostram-se trabalhos dos coreógrafos moçambicanos
Panaíbra Gabriel Canda e Horácio Macuácua, mas também teatro do Brasil, com a
adaptação ao palco do livro de Clarice Lispector “Outra Hora da Estrela”. A 7
de julho, estreia ainda no São Luiz “África Fantasma II”, do encenador
português João Samões, com Joana Bárcia e Miguel Borges como intérpretes. O
teatro chileno, que habitualmente marca presença no Próximo Futuro, estará
representado pelo encenador Cristián Plana, que apresenta a peça Velório
Chileno no Teatro do Bairro.
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